quinta-feira, 30 de abril de 2015

Uma Universidade Que Lê

A Universidade Anhembi Morumbi tem como um de seus projetos
"Uma universidade que lê". O objetivo deste é estimular o prazer pela leitura entre os alunos, docentes e funcionários de todos os campos por meio da adoção de um livro de literatura a cada semestre.

Livro: "A Escola com que Sempre Sonhei - Sem Imaginar que Pudesse Existir" de Rubem Alves
Professora orientadora: Fernanda Mendes Arantes
Disciplina: Concepção da Educação Infantil - 2º semestre
Grupo: Bruna Lucente, Daniela Dandaro e Marjorie Melo

Para a realização de umas das etapas do projeto, a turma foi separada em pequenos grupos e cada um ficou com alguns capítulos do livro, abordando-os da melhor maneira para uma discussão, posteriormente, com o restante da classe e universidade.
Nosso grupo decidiu realizar esta postagem, contando sob nosso ponto de vista o que contém nos capítulos "A escola da ponte (3)" e "A escola da ponte (4)".


“A escola com que sempre sonhei: sem imaginar que pudesse existir”.

O título, por si só, já diz tudo o que sentimos durante a leitura. A Escola da Ponte choca a todos com sua simplicidade e finalidade: O aluno como autor de seu conhecimento.
Não há divisões de turmas e séries, não há a figura do professor como o centro da aula (em pé em frente aos alunos enfileirados dando aulas expositivas), não há medo de errar... Os alunos montam seus grupos de estudos, fazem pesquisas e quinzenalmente fazem suas avaliações. Os grupos são formados por crianças de diferentes idades, mas todas com os mesmos interesses. Suas pesquisas são feitas a partir de suas curiosidades, tornando assim a aprendizagem realmente significativa.
O ser humano não nasceu para passar no vestibular; ele nasceu para ser feliz. A construção de conhecimento na Escola da Ponte é feita a partir de interesses dos alunos e aprofundamento de suas curiosidades, onde a partir de um assunto que pode nos parecer banal acaba sendo, na verdade, uma pesquisa interdisciplinar. O assunto a ser estudado parte dos questionamentos dos alunos de acordo com a sua realidade naquele determinado momento, pois dessa maneira o corpo "pedirá" para compreender aquele assunto para poder se adaptar e sobreviver no contexto em que está inserido, sendo assim, ele estará sendo instruído pela sua inteligência. Segundo Rubem Alves,
"O corpo sofre. O sofrimento faz pensar (...) Aí, forçada pelo sofrimento, a inteligência entra em ação. Pensa para deixar de sofrer."
"Um saber que torna possível viver."
Um exemplo disso é a aprendizagem da linguagem, ninguém nunca questionou o porquê é preciso aprender a falar e escrever, pois é essencial às pessoas para que possam socializar-se, comunicar-se eficientemente, fazerem parte de um grupo, esse novo saber adquirido será útil, fará sentido na vida dessas pessoas.
A nossa memória é celetista, o que não nos favorece é descartado, porém o saber não é perdido quando a pessoa sabe usá-lo. Por essa razão os "programas" elaborados pelas escolas não são totalmente eficazes. De acordo com Rubem Alves
"Os programas de aprendizagem a que nossas crianças e nossos adolescentes têm de se submeter nas escolas são iguais à aprendizagem de receitas que não vão ser feitas. Receitas aprendidas sem que vá se fazer o prato são logo esquecidas."
Não há “decoreba”, há aprendizado.
Outro diferencial na Escola da Ponte é que os direitos e deveres são definidos pelos próprios alunos. Convenhamos, direitos e deveres definidos pelos próprios alunos funcionam muito melhor do que aqueles pré-determinados, pois os alunos os reconhecem e sabem como cumpri-los.
A Escola da Ponte existe e é possível!

Ah, quem nos dera ser professora-aluna da Escola da Ponte...

Para saber mais sobre projeto acesse o site: http://bloguniversidadequele.blogspot.com.br/